Eleição é marcada por polarização fake.


Na iminência das próximas eleições presidenciais, só os alheios aos jogos do poder ou míopes observadores da realidade estão surpresos com a polarização prevista para o segundo turno. Uma concentração de extremos opostos que exclui posições centristas ou moderadas, pois parcela significativa do eleitorado parece decidida a lançar mão do famigerado voto útil.

As causas do inusitado recrudescimento dos embates políticos repousam em longo encadeamento de fatos. Ao longo das últimas décadas, os maiores propulsores do descrédito da política têm sido o fim da polarização autêntica e a crescente mercantilização nos balcões do Congresso Nacional.

O resultado é a falsa polarização (ou polarização “fake”, para usar termo muito presente nesta campanha) que resulta da carência de representatividade que boa parte do eleitorado encontra nas opções de candidaturas apresentadas.

Até ao PT, outrora representante da esperança de poder mediado pelo direito coletivo, foi cobrado o preço – fim da polarização – pela subordinação à partidocracia instalada no Congresso desde o período da transição democrática. SAIBA MAIS